Ruta

Para não agradar, não é preciso muito, nem sequer esforço, mas algumas receitas, dão um sabor ao dissabor muito excitante.
Ironia, é um bom caminho, desde que todos saibam que está ironizando, o que acaba por se tornar um ciclo chato, já que ironia desse jeito... não tem graça nenhuma.
Isso a parte. Ser irritante, é uma qualidade difícil, normalmente ela é confundida com a idiotice, o que pode tornar toda a busca pelo não-ser-agradável, muito frustrante.
E, simplesmente, ir contra tudo e todos, se torna sem sentido e insuportável depois de um tempo. Sem falar que isso seria clichê de mais, e previsível. O que não ostenta o não-ser-agradavel corretamente.
Por fim, acabo por perceber que é difícil ser desagradável corretamente, talvez seja a falta de um real objetivo, mas isso cabe a cada um ordenar, seja apenas um anti-herói, e nunca volte atrás.
Então aí, serás completamente necessário, por mais irritante, enfim, todos terão que agüentar o desagradável calados. É o que torna a situação toda interessante e divertida. Para gostos exóticos, como o meu.
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A lista.

-Não paro com isso não. – Irritante, é.
-Eu sei que não quer que eu pare. Você me ama. –Narcisismo, confere.
-Você ama isso. –Sensacionalismo, oh sim.
-É uma questão de... –Charme, ele não disse isso, me diga que não. –Inteligência. –Pior ou melhor? Nenhum dos dois.
-Fique calma, é só uma brincadeira... –eufemismo na hora errada, vamos acrescentar a lista.
-Hey! Preste atenção no que eu estou dizendo. –Síndrome do filhotinho de cachorro carente. Previsível.
-Você é uma puta, cretina! –Nem tanto... Espera. Puta? Cretina?
-Puta cretina, eu te amo. –Extremos.
-Case-se comigo. –Disse.
-Sim. –Aceitou? Subserviência? Negado.
-Vá se fuder. –Respondi.
-Hey, te vejo amanhã? –Aqueles olhos, sob aquelas sobrancelhas negras e perfeitas.
-Talvez. -Porque esnobar é um prazer.