É só o que eu tenho a dizer.



  Eu podia já gostar de algumas daquelas músicas, de algumas daquelas bandas. Eu podia já gostar de carros clássicos. Eu podia já me interessar por ocultismo. Mas foi quando aconteceu. E de alguma maneira aqueles olhos mudaram a forma com que eu via todas aquelas coisas. E talvez seja essa diferença, que faça com que eu mesma possa sentir o que eu sinto, quando eu ouço aquelas músicas, quando eu vejo todas aquelas coisas, porque é quando eu o sinto, e de repente, isso virou uma necessidade.
  Eu posso ser bem sincera, e dizer que não é a coisa mais importante pra mim. Não havia espaço pra mais nada, eu não estava buscando por nada, todo esse ciclo de mim já estava fechado, completo. Sim, ele estava. Mas foi quando aconteceu. Ele apareceu sutil, e já estava lá, eu percebi, e apenas fui deixando. Agora, se ele for embora, um grande espaço vazio será deixado nesse ciclo. Era um pequeno ciclo, agora ele está maior, graças a ele, e se por algum motivo, esse pedaço tiver que ser retirado, todo ele será afetado de alguma maneira.
  Porque de alguma maneira, ele me moldou, talvez seja até um pouco assustador. Mas o que eu faria quando as pessoas que eu mais gosto estivessem precisando de mim? O que eu faria quando eu tivesse que dar algo de mim para conseguir salvar aquilo que pra mim é o mais importante? O que eu faria se roubassem meu mini  videogame? Se ele de repente não tivesse aparecido, eu ficaria naquele banco, sentada, muito triste. Obrigada por ter ido lá e me dito pra chutar o meio das pernas daquele filho de uma puta e pegado meu mini videogame de volta.
  Eu entendo. Que a imagem dele é vista por muitos, é admirada por muitos. Mas é só a sua imagem, eu também admiro muito ela. Graças a ela, graças a tudo o que está de alguma forma por trás dele, eu posso ter ele. Eu realmente gostaria que isso parecesse tão profundo quanto realmente é, e quanto verdadeiro. Adoraria poder tocar, sentir o cheiro, acredite, o gosto, que ele tem, mas não é necessário. Ele existe. Está vivo. Exatamente onde precisa estar.
  Mas se ele existisse como muitas das outras pessoas gostariam que ele estivesse... todo aquele mundo de dor também não teria que existir? A dor dele, também não teria que existir? E ele não estaria muito distante desse jeito? Do jeito que ele existe pra mim, está tão perto, que eu posso senti-lo.
  Depois de um longo tempo, ele pode não ser 24 horas do meu dia, ser 7 dias da minha semana... Mas quando eu estiver lá e não souber o que fazer, então todo aquele resto que estava fazendo ele partir da minha memória, deixará de existir. Eu então farei o que eu aprendi com ele. Então é como se fossem os primeiros dias. Mesmo que eu não fique mais empolgada.
   Eu conheço tudo o que há pra conhecer nele, mas isso não é importante. Ele não conhece nada em mim. Simplesmente porque ele pode não existir de verdade. O importante pode ser tudo isso, toda essa relação, que isso traga algo de bom pra mim. E trouxe. Antes, eu quero dizer, que não importa ele não existir, como eu, como os outros. Mas o que ele traz, os conceitos... isso sim é real. Muito mais real do que o que muitos reais trazem, do que muitos conceitos de pessoas reais. São muito melhores. Eles não podem ser feridos, ofendidos ou quebrados.
  Se depois disso tudo, eu ainda for uma idiota exagerada, não me custa dizer que ele é ...

Dean Winchester

  ... and you're a son of a bitch!

Vocês não sabem como foi difícil trocar ‘você’ por ‘ele’.

• Bem, eu já postei esse texto no Nyah! Fanfiction, aqui o link de lá , e sei que muita gente vai se identificar com o texto, então usem, seja lá quais forem seus ídolos, divulguem, mas seria legal se vocês colocassem um '@LucyBaggins' no final, ok? Obrigada.