Da luz da fogueira abrolhavam sombras,confundindo a todos com suas formas insanas e aduncas, a chama parecia ficar ainda mais intensa com a musica que soava ali animada, fervendo o sangue dos ciganos sorridentes e ébrios.
Os mesmos que caiam abestalhados nas curvas perigosas do corpo acobreado daquela ninfeta, que rodava a saia e jogava seus cachos negros, como uma saudação aos trapaceiros que ali estavam.
Era uma roda, festejando a vida, comemorando a morte, de mais um inimigo, os trapaceiros, aqueles nascidos sob a escuridão de uma noite de lua nova, que não acharam a luz ao nascer, agora procuram o luar nos bolsos dos nobres e nos cofres do comercio, em meio as moedas de ouro.
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