http://www.youtube.com/watch?v=FX6bRLJcaCc

Nada com o blog, mas eu tinha que colocar.
Quem é fã do Jensen sabe.
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Sempre, pra sempre

É uma pena
Que eu não vá viver para sempre
Para ouvir tantas musicas de amor
Que ainda estão por vir
Que eu não possa cantá-las pra você
Eu não poderei
Beijar você pra sempre
Então me beije agora o máximo que puder
Seja feliz comigo, vamos olhar o céu
E sorrir um para o outro
Seus braços estarão a minha volta
Até o ultimo dos dias, prometa
E quando tudo acabar
Apenas sorria pra mim
Pode ser um caminho sem volta
Por isso será perfeito, andar nele contigo
E tudo e todos nunca mais irão nos ver
Eu não vou poder beijar você pra sempre
Então me beije
Me beije agora
Me beije o máximo que puder

Asas

Estava apenas sentado ali, desde que se lembrava. Observando a cidade com olhos sonolentos. Quieto e encolhido no alto daquele prédio. Havia um mar de outras construções como aquela, mais altos, mais baixos, de todos os tipos por ali. Tudo muito movimentado. O que o fazia se sentir ainda mais angustiado, mergulhado naquela calmaria.

Balançava as pernas pra frente e pra trás, sentado na ponta do que poderia ser um abismo. Pela cabeça lhe passava tudo. Oh! Como desejava não pensar em absolutamente nada... Não pensar, mas ainda sim desejava existir. De alguma forma incompreensível.

Muito tempo desde que abrira os olhos, e via, do mesmo modo em que se encontrava no momento, tudo o que continuava a espreitar. Tantas eram aquelas coisas, não entendia absolutamente nenhuma, mas as admirava secretamente. Sabia que o que não podia ver, era a única coisa que tinha.

Também haviam ali duas asas brancas, em suas costas. Elas deveriam ser usadas, mas não havia um propósito, um objetivo, e então foi como se estivessem atrofiadas, tanto quanto ele mesmo.

Cigana

Da luz da fogueira abrolhavam sombras,confundindo a todos com suas formas insanas e aduncas, a chama parecia ficar ainda mais intensa com a musica que soava ali animada, fervendo o sangue dos ciganos sorridentes e ébrios.

Os mesmos que caiam abestalhados nas curvas perigosas do corpo acobreado daquela ninfeta, que rodava a saia e jogava seus cachos negros, como uma saudação aos trapaceiros que ali estavam.

Era uma roda, festejando a vida, comemorando a morte, de mais um inimigo, os trapaceiros, aqueles nascidos sob a escuridão de uma noite de lua nova, que não acharam a luz ao nascer, agora procuram o luar nos bolsos dos nobres e nos cofres do comercio, em meio as moedas de ouro.

A vez

Me arranje sua mão
Deixe-me tocá-la
Deixe-me decifrá-la
Porque o céu me disse
As runas gritaram
Eu mal pude entendê-los
Mas se houver algo mais
Não será de meu espanto
Me faça adormecer
Não me deixe ver
Sequer teus olhos
Assim, talvez um dia
Eu possa saber
O que é você

Eufonia piegas

Os cabelos negros lhe caem sobre os olhos com uma nuvem negra, o corpo quente, ao suor de uma noite eufórica, no ardo frenesi do ouvir, do tocar, a guitarra batendo a cintura, sob os habilidosos dedos de um louco, que a muitos faz aos olhos abrolhar lágrimas frouxas sem escárnio ou desdém.

Faz soar a guitarra, que lampeja as luzes coloridas de um palco, onde milhares, milhares de semelhantes o vêem, admirados e perplexos diante da bela grandeza daquela melodia, que aos ouvidos de tais os fazem chegar ao ápice de suas emoções, locupletados de prazer.

Ao bater das cabeças, aos gritos de êxtase, e o extremo psicodélico que assombra os olhares fervorosos, fitando os ídolos de toda uma massa, a labareda dos corações acesos, pulsante, como todo os corpo.

A guitarra, oh diva subalterna que acompanha a voz grave e rasgada de um outro individuo louco, loucura, que se espalha pelo local, onde as pernas já moribundas por uma pausa, batem o chão levianamente com tal força desnecessária e repetitiva.

O publico que parecem evolver suas mentes sob as mãos simbólicas e excêntricas do vocalista,

Psicopatia






Nada mais do que puro instinto animal, o desejo a flor da pele, de sentir o cheiro de sangue, e do calor dele escorrendo por seus dedos.
O assassino, que cava o peito da vitima morta, busca no defunto a vida que o falta, é a vontade de se sentir mais
vivo, roubando a vida dos outros.
A carne em putrefação, os nervos descobertos, o cérebro derramado aos pés, os dentes trincados de ódio, fúria alucinógena, o frenesi de arrancar, machucar, destruir.
Torna-se um verdadeiro vicio, um tique nervoso, matar, o ultimo doce suspiro, ver os olhos perdendo o brilho, a boca
secando, a pele empalidece
ndo, pouco a pouco, a face perdendo a vida, a alma se retirando sutilmente do corpo destroçado.
E tudo como uma orquestra regida pela faca, pela arma, primeiro os olhos, depositados numa caixinha de vidro, depois a língua que ficaria ali mesmo sobre a mesa, derramando sangue pela superfície dela, os dedos num pote de manteiga, e o sangue sendo drenado para um tanque já cheio dele.
As lágrimas chegam aos olhos do psicopata, maníaco, que agora só tem a chorar, sem deixar os pingos salgado atingirem suas mãos sujas do liquido da vida, chorar se emoção, diante de uma cena como aquela, cheia daquela podre beleza que só ele em seu intimo saberia apreciar.
Lucy F. Melo

Ultimo grito

E todos taparam minha boca sem responder, e se explicar, apenas me calaram, mesmo que eu ainda pudesse gritar, nada nunca seria ouvido, eu ainda podia ser tocada, eu ainda podia ser vista, seria apenas isso para sempre.
Sufocante, revoltante, não era uma questão de estar certa ou errada, era uma questão de compreensão, mas ali estava eu, aprisionada, perto do fim, quando eu explodiria, isso iria mesmo acontecer?Ou eu ficaria calada sem precisar de amarras?Eu me calaria diante de tudo, se ninguém está aqui para me ouvir?Não, a tanto tempo fui assim, aqueles tempos escuros, onde havia tanto para falar, havia quem ouvir, mas nada era dito.
Me amarraram a futilidade, algo que mais odeio, mas nunca mais me retiraria dela, eu teria que manter meu papel, de boa garota, eu teria que manter meu papel de sombra, e eu teria que me forçar a sorrir, se não as amarras me machucariam mais.
Ninguém quer ouvir, porque é sempre besteira, é sempre besteira quando as palavras podem ser verdade, quando elas podem ferir, e só eles podem decidir, porque são os donos da verdade, e porque tanto me importo?Porque eles, eles são os únicos que importam para mim, mas não se importam mais, porque agora são os donos da verdade.
Me deixe gritar, me deixe dizer o quanto eu tenho raiva, não finja, não finja ser uma boa garota, não tente fazer com que esta criança, seja, uma criança, eles me calaram, mas eles taparam os ouvidos, e eles fecharam os olhos, mas apenas agora, eu sempre fui a mesma, vocês criaram o monstro que está em suas cabeças, este monstro no qual vocês colocaram o meu rosto.
Não deixe-se enganar, eu sou o grande monstro, mas não apenas isso, olhem para trás e digam como era antes, digam quem foi que deixou este monstro escapar, se não quisessem, não teriam se aproximado, eu não iludi ninguém.
Me desculpem, mas eu sei, que se me acabar, haverá lamentações, por mais breves que sejam, porque isso saiu se suas bocas, nunca da minha, então parem, parem com isso, parem, e vão enxergar, vocês vão conseguir ouvir.


Lucy F. Melo